Citei numa das postagens anteriores que o sinal do GPS foi fundamental para conferir e garantir a segurança dos dois pilotos-aventureiros.
Pois bem, ele foi instalado num programa do PC, com conexão de internet, dentro do carro. Ele capta o sinal do GPS e mostra na tela o andamento da rota. O ícone, com formato de barquinho, avança pelo mapa. A equipe de terra acompanha o movimento dos dois pelo barquinho na tela. Dá para aumentar ou diminuir a visualização do local. Também dá para medir as distâncias entre um ponto e outro e, ainda por cima, registrar todos os dados como histórico da aventura.
Como todo equipamento eletrônico acontece falhas. Nessa hora, imagina-se o local onde possam estar mas para conferir usa-se o rádio ou telefone celular.
Mas, agora que tudo terminou confesso: por duas vezes, quando o sinal sumiu, prestes a nos encontrar com eles numa marina, fiquei preocupada pois eles não respondiam ao rádio. Apesar do clima de tensão, o líder do grupo, Takeya, mantinha uma placidez de tirar o chapéu. Assim, o grupo não se contagiava de preocupação ou de apavaromento, o que só atrapalha.
Com a visibilidade ruim por causa do mormaço típico da primavera japonesa ficava difícil vê-los a olhos nus quando estavam a uma distância superior a 1 ou 2 milhas náuticas.
Nesses minutos de espera por uma resposta dos dois aventureiros, o coração pulsava mais forte. A impressão é de que o tempo demora a passar. O alívio e o sorriso volta a face somente quando via dois pontinhos no mar, cujos tamanhos aumentavam gradativamente ao se aproximarem da costa. Daí, o líder ou o mecânico avisam pelo rádio "virem a montanha x a direita e nos verão. Tem uma bandeira do Brasil sinalizando onde estamos. Estão vendo?".
Quando a resposta vinha tinha a impressão de que tirava um saco de 500 Kg das costas.
Ufa!
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